Amélia Aragão
Textos
A trela do dia
Esse fato é verdadeiro e não é a primeira vez que aconteceu. Há muitos pássaros em nossa casa, mas todos soltos, livres. E Clarinha, por ter esse espírito de liberdade, sempre tem essas ideias quando se encontra em situações como essa.
Havia muito tempo que não víamos gaiolas ou alçapões com passarinhos por perto de nossa casa. Desde que eu tinha quatro anos, a mamãe pediu aos rapazes que caçavam para deixarem os passarinhos em paz.
Comunicou ao pessoal que era crime e que se os visse por ali mais uma vez, iria denunciar. Foi assim que acabou aquela história de caçar nos arredores.
Mas ontem, ao voltarmos da casa de minha amiga Juliette, encontramos uma gaiola pendurada bem em frente ao nosso portão.
Quando a mamãe desceu para abri-lo, ficou surpresa.
- Filha, você está vendo o que eu estou vendo?
- Sim, mamãe é uma gaiola com um passarinho.
-E o que vamos fazer?
- Pense enquanto abro o portão. Disse ela.
Depois que colocou o carro para dentro, olhamos se não havia ninguém por perto, tiramos a gaiola do prego, levamos para dentro de nosso quintal e decidimos soltá-lo.
Ah! que alívio. Aquele passarinho voou tão rápido, mas tão rápido que não o vimos mais.
Ficamos sorrindo com caras de trelosas. Devolvemos a gaiola para o mesmo lugar.
Em questão de minutos, Rodrigo, o filho do pedreiro apareceu conversando com um colega dele.
Quando olharam para a gaiola e perceberam que estava vazia, ficaram parados.
-Acho que ele fugiu.
- Acho que alguém o roubou, disse o colega.
-Mas se fosse roubo, levariam a gaiola.
-É mesmo.
-Então foi uma cobra que passou por aqui.
-Mas não sobrou nenhuma pena.
-Também não há paleta quebrada.
-Que mistério, disse Rodrigo.
Tiraram a gaiola do muro e foram embora cheios de dúvidas.
Eu e a mamãe ficamos felizes pelo passarinho e pela boa trela do dia.
Maria Amélia e Maria Clara Aragão de Brito - 8 anos
Esse fato é verdadeiro e não é a primeira vez que aconteceu. Há muitos pássaros em nossa casa, mas todos soltos, livres. E Clarinha, por ter esse espírito de liberdade, sempre tem essas ideias quando se encontra em situações como essa.
Havia muito tempo que não víamos gaiolas ou alçapões com passarinhos por perto de nossa casa. Desde que eu tinha quatro anos, a mamãe pediu aos rapazes que caçavam para deixarem os passarinhos em paz.
Comunicou ao pessoal que era crime e que se os visse por ali mais uma vez, iria denunciar. Foi assim que acabou aquela história de caçar nos arredores.
Mas ontem, ao voltarmos da casa de minha amiga Juliette, encontramos uma gaiola pendurada bem em frente ao nosso portão.
Quando a mamãe desceu para abri-lo, ficou surpresa.
- Filha, você está vendo o que eu estou vendo?
- Sim, mamãe é uma gaiola com um passarinho.
-E o que vamos fazer?
- Pense enquanto abro o portão. Disse ela.
Depois que colocou o carro para dentro, olhamos se não havia ninguém por perto, tiramos a gaiola do prego, levamos para dentro de nosso quintal e decidimos soltá-lo.
Ah! que alívio. Aquele passarinho voou tão rápido, mas tão rápido que não o vimos mais.
Ficamos sorrindo com caras de trelosas. Devolvemos a gaiola para o mesmo lugar.
Em questão de minutos, Rodrigo, o filho do pedreiro apareceu conversando com um colega dele.
Quando olharam para a gaiola e perceberam que estava vazia, ficaram parados.
-Acho que ele fugiu.
- Acho que alguém o roubou, disse o colega.
-Mas se fosse roubo, levariam a gaiola.
-É mesmo.
-Então foi uma cobra que passou por aqui.
-Mas não sobrou nenhuma pena.
-Também não há paleta quebrada.
-Que mistério, disse Rodrigo.
Tiraram a gaiola do muro e foram embora cheios de dúvidas.
Eu e a mamãe ficamos felizes pelo passarinho e pela boa trela do dia.
Maria Amélia e Maria Clara Aragão de Brito - 8 anos
Amélia Aragão
Enviado por Amélia Aragão em 01/02/2011
Alterado em 11/02/2011
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Comentários